1. Início
  2. Blog Desenvolvimento Pessoal
  3. Gestão do tempo
  4. Estratégias básicas de gestão de tempo

Estratégias básicas de gestão de tempo

Estrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativaEstrela inativa
 
Estratégias básicas de gestão de tempo
 

Existem diversas estratégias de gestão de tempo, mas nesta aula iremos abordar quatro das mais faladas atualmente. 


Baby Steps

Baby steps é um termo norte-americano, muito utilizado em todo o mundo, no que diz respeito à gestão de tempo e criação de novos hábitos, para definir pequenos passos que vamos dando em direção à meta que definimos. 

Esta é uma estratégia muito utilizada, essencialmente, quando as tarefas que temos a fazer são assoberbadoras, ou seja, quando nos deixam em estados de stress e ansiedade, devido à pressão sentida. Nesse sentido, “partimos” a tarefa em pequenas partes, que dão origem a uma nova tarefa, mais pequena. Se mesmo assim sentirmos que é demasiado, voltamos a partir novamente essa tarefa em tarefas mais pequenas. Por exemplo, escrever um artigo científico implica: definir o tema e objetivo de estudo, fazer pesquisa, escrever uma revisão bibliográfica, definir uma metodologia de recolha e análise de dados, definir as hipóteses a testar, recolher os dados, descrever a metodologia e a recolha, analisar e descrever os resultados, discutir esses resultados e apresentar as conclusões, identificar a bibliografia utilizada. Ou seja, uma macrotarefa, que é “escrever o artigo x”, pode ser dividida em 9 microtarefas. Quando o estudo apresenta mais do que uma hipótese, podemos ainda dividir os resultados por: analisar e descrever resultados da hipótese 1, analisar e descrever resultados da hipótese 2 e por aí vai. Esta repartição de macrotarefas em microtarefas, acaba por diminuir a procrastinação, intensificar a clareza quanto ao tempo necessário para concluir a tarefa e aumentar a probabilidade de sucesso da sua conclusão. 

Se formos a analisar, tudo na nossa vida começa com um primeiro passo. Até as coisas mais básicas do nosso dia a dia, como uma viagem, começam com um único primeiro passo. Depois desse primeiro passo, tudo se torna mais fácil, pois automaticamente o próximo aparece e, assim, vamos fazendo o percurso necessário para atingir o destino definido, passo a passo. Na verdade, é muito mais fácil concentrarmo-nos em cada um dos passos dados do que paralisarmos ao ver a distância da maratona inteira. 

Outra das razões para ser mais produtivo dividir as tarefas tem a ver com o facto de a nossa memória operacional, que é responsável pelas tarefas na nossa mente, ser limitada a 3 a 5 itens de cada vez. Isso leva-nos a, se não definirmos todas as microtarefas, estejamos constantemente a parar para pensar no que fazer a seguir. Nessas pausas, a probabilidade de distração é muito maior, o que leva a  uma maior dificuldade em retornar à tarefa. Da mesma forma, quanto mais pequena for a tarefa, mais específica ela se tornará, o que nos ajuda a:

  • excluir o que não é importante na macrotarefa;
  • fomentar o esforço e dedicação, por vermos o progresso mais rapidamente;
  • ser mais persistente;
  • aumentar a concentração, devido ao maior feedback ao fim de cada microtarefa;
  • ter mais facilidade em encontrar estratégias para ter sucesso na conclusão da tarefa.

Única coisa

Uma das ferramentas que pode ajudar a aumentar o teu empoderamento e sensação de realização é a técnica da única coisa. Para utilizar esta técnica, é suposto que, no início de cada dia, definas a tarefa mais importante que tens de desempenhar, ou seja, aquela tarefa que, concluindo, te irá proporcionar uma sensação de realização, produtividade e rentabilidade do teu dia.

Escreve num papel essa tarefa, por forma a poderes ter contigo, durante o dia, e tenta realizar essa tarefa o mais cedo possível. Essa sensação de empoderamento irá influenciar positivamente as restantes tarefas do teu dia. 


Dizer "não"

Se és aquele tipo de pessoa que está acostumada a dizer sim a todos e a ficar assoberbada de trabalho, falhando nas tarefas que a ti dizem respeito, então é altura de mudares. Para gerir o nosso tempo de forma adequada, é extremamente importante aprender a dizer não para tarefas que, não sendo da nossa responsabilidade, não vão contribuir para os objetivos que pretendemos atingir. Da mesma forma, não temos de responder a todos os emails, chamadas ou pedidos de forma imediata. Podemos pacificamente dizer: “podemos resolver isso mais logo?”

Nos momentos em que precisas de maior concentração, coloca o telemóvel em modo de avião, por exemplo, e desliga as notificações do computador, para não teres de reagir a cada solicitação. 


Delegar

Existem, por outro lado, tarefas que, dizendo-te respeito, podem ser delegadas a outras pessoas, por forma a que te possas dedicar a outras, mais importantes ou mais ligadas à tua especialidade. 

Todavia, existem pessoas que possuem uma elevada dificuldade em delegar, essencialmente por:

  • Medo que o trabalho seja de baixa qualidade;
  • Medo de parecer desleixado;
  • Falta de confiança nas competências dos outros;
  • Não preparar a delegação. 

Mas, na verdade, estas tarefas não têm de ser entregues cegamente à outra pessoa, podemos sempre ir supervisionando, mas com esta distribuição diminuímos bastante o tempo destacado àquela tarefa, podendo dedicar esse tempo a outras igualmente ou mais importantes. 


Otimizar as reuniões

Cria o hábito de realizar reuniões curtas e objetivas, para que não ocupem muito do teu tempo. Organiza os assuntos a debater, os participantes essenciais e a duração máxima para um dos temas.

Apenas por curiosidade, uma investigação levada a cabo nos EUA, com 500 funcionários, verificou que destes funcionários:

  • 53% passam, em média, cerca de 20 horas, por semana, em reuniões desnecessárias;
  • 25% viram outros colegas distraídos com outras atividades, não profissionais, durante as reuniões (ex.: assistir vídeos);
  • 58% viram outros colegas envolvidos em outras atividades profissionais durante as reuniões (ex.: trabalhar noutra tarefa, enviar emails ou mensagens, sair para atender chamadas);
  • 60% participavam em reuniões nas quais não tinham nenhum papel definido.

Esta investigação veio evidenciar ainda mais a necessidade de planear e organizar as reuniões agendadas, tentando utilizar métodos alternativos (ex.: email ou chamada) para resolver assuntos mais rápidos ou menos importantes