"A gestão do tempo não deve tomar o seu tempo, mas sim gerar um tempo extra para você. E também garantir que você gaste seu tempo onde mais interessa."
Markus Hofrichter
Não podemos alterar as horas, contudo podemos esquecer o relógio e começar a usar uma bússola. Ou seja, mais do que controlar os segundos, os minutos e as horas, é importante definir o nosso destino e a nossa rota para o atingir. Isto sim, vai levar-nos a criar tempo produtivo e eficaz e, por consequência, dias menos desgastantes, prazos e tarefas cumpridas, metas alcançadas e tempo livre para os outros papéis da nossa vida.
Existem vários fatores que competem por cada minuto do nosso dia, e nesta aula iremos falar de dois: a cultura da ocupação e as distrações infinitas. Estes fatores fazem com que andemos incessantemente à procura de poupar tempo ,para entupir ainda mais a nossa agenda de tarefas, para que possamos “desligar” a crença da insuficiência e nos sentirmos, enfim, produtivos. Desta forma, vamos perceber como parar de tentar poupar tempo e começar a criar tempo de qualidade.
Então, no que diz respeito ao primeiro fator, a verdade é que cada vez mais existe uma cultura de ocupação, onde todos nós temos a necessidade de encher a nossa agenda de tarefas, para sentirmos que estamos a ocupar o nosso tempo e, por consequência, a ser supostamente “produtivos” e não nos sentirmos culpados. Nestas tarefas, normalmente encontramos a troca de emails ou mensagens, a verificação e interação nas redes sociais, as infinitas reuniões para cada pequeno assunto que se tem de tratar e que poderiam ser resolvidas num email ou mensagem, entre outras tarefas que constam na interminável lista que criamos habitualmente. É quase como se sentíssemos que, se não estivermos sempre ocupados, a correr contra o tempo, vamos acabar por ficar para trás em relação aos outros e, por isso, perder oportunidades. Contudo, esta corrida contra o tempo vai acabando por nos desgastar e levar à exaustão.
Já as distrações infinitas dizem respeito à quantidade de informação e conteúdo disponível na internet, bem como ao uso de diversas aplicações simultaneamente, como por exemplo as aplicações para:
- ouvir música;
- trocar mensagens;
- dizer o tempo de utilização do telemóvel;
- relembrar a importância de beber água, de fazer uma meditação, de fazer uma caminhada/corrida;
- registar as calorias consumidas ou o peso;
- registar diários de gratidão, entre outras.
Para conseguir ultrapassar estes dois fatores, é necessário muita estratégia e planeamento, por forma a podermos criar o nosso próprio tempo, tendo por base, não o que a sociedade e os outros querem, mas aquilo que é adequado, funcional, produtivo e importante para nós. Cada pessoa é um ser humano único e, por isso, as "definições de fábrica” não vão funcionar para gerir o nosso tempo de forma eficaz. Temos de ser capazes de testar e perceber qual a melhor estratégia que funciona connosco.